Quais são os sintomas da COVID-19?
Muitos casos são assintomáticos, ou seja, não apresentam qualquer mal-estar para quem está com a doença. Mas, entre os que apresentam sintomas, os mais comuns são tosse seca, febre, cansaço, falta de paladar e olfato e dificuldade para respirar - sendo esse último o mais preocupante. Tudo isso tende a começar a aparecer até dois dias após a exposição e pode durar cerca de duas semanas. Em outros casos, um pouco menos comuns, podem surgir dores no corpo, congestão nasal, dor de garganta e até diarreia, que geralmente são leves e ocorrem gradualmente.
Os animais podem ter ou transmitir o coronavírus?
Ainda não há evidências de que animais em geral e mesmo os de estimação, como gatos e cachorros, possam transmitir o novo coronavírus. A principal forma de transmissão do COVID-19 é por meio das gotículas de saliva de pacientes infectados - e, mesmo que o animal carregue o vírus, há muitas barreiras que impedem o contágio em humanos. De qualquer forma, o indicado é não manter contato muito próximo, como dar beijos, e lavar bem as mãos sempre que encostar no pet.
Por que tanta preocupação com um vírus que é apenas mais uma gripe?
Para muitas pessoas, os sintomas da COVID-19 são comparáveis à gripe sazonal em termos de gravidade - mas o perfil geral da doença, incluindo a taxa de mortalidade, parece mais sério até o momento. Além disso, existe uma grande preocupação quanto à superlotação de hospitais: quando muitas pessoas ficam doentes e procuram atendimento de uma só vez, a estrutura médica não consegue dar conta. Daí a necessidade de elevar os cuidados para evitar o contágio.
Quando se deve procurar o pronto-atendimento?
Por mais que pareça prudente procurar atendimento médico para identificar se é gripe ou Coronavírus, recomendamos que só deve ir ao hospital quem estiver se sentindo muito mal, com sintomas mais graves como dificuldade para respirar e febre alta (a partir de 39°C) ou piora progressiva dos sintomas iniciais. Pessoas com sintomas leves devem ficar em casa, priorizando o repouso domiciliar, o isolamento e uma boa alimentação, atenuando os sintomas com o uso de medicamentos simples para dor e febre (analgésicos e antitérmicos).
Qual o perigo para quem faz parte do grupo de risco?
Normalmente, os idosos ou pessoas com condições médicas pré existentes, como pressão alta, problemas cardíacos ou diabetes, estão em zona de risco. Isso não quer dizer que as chances de contágio são maiores para esses indivíduos, mas sim que existe uma maior possibilidade de o paciente desenvolver a forma mais grave da doença.
Como manter o distanciamento social com a flexibilização da quarentena em algumas regiões?
É essencial manter o distanciamento social durante o período de flexibilização. A utilização de máscaras, associada a bons hábitos de higiene e cuidados, como a higienização constante das mãos com água e sabão, ou álcool em gel, é o caminho para vencermos a pandemia. Também é recomendado evitar os locais que estiverem muito cheios ou com grandes filas na porta e dar preferência a ambientes arejados. Acima de tudo: respeite as orientações de saúde dos órgãos competentes da sua região.
Quais as melhores maneiras de prevenir?
Segundo o Ministério da Saúde, as medidas preventivas mais eficazes para reduzir a capacidade de contágio do novo coronavírus são: higienização frequente das mãos com água e sabão (por cerca de 20 segundos) ou álcool gel 70%, isolamento social, uso dos EPIs (equipamentos de proteção individual) pelos profissionais de saúde e, caso precise ir à rua resolver alguma urgência, uso de máscaras caseiras ou descartáveis.
O vírus é mesmo menos intenso no calor - ou em países que estão no verão ?
Na verdade, ainda não é certo dizer que o vírus seja menos infeccioso com o clima mais quente. Mas a taxa de transmissão pode diminuir conforme as pessoas passam mais tempo ao ar livre - uma característica do verão mais que do inverno. O vírus é transmitido em gotículas de saliva por tossir, conversar de perto ou tocar superfícies onde o vírus aterrissou, geralmente em lugares fechados. E é também por isso que resfriados e gripes diminuem no verão - não necessariamente pela condição climática.
É possível se contaminar pela superfície de objetos?
Sim. Caso alguém infectado encoste na superfície ou deixe partículas de saliva e não higienize depois, aquele local pode virar uma fonte de contaminação. Por isso, o conselho é lavar as mãos regularmente e evitar tocar no rosto - evitando que o vírus entre no nariz, boca ou olhos. E, sempre que comprar algo, limpe muito bem todas as embalagens antes de guardar.
É possível “pegar” o coronavírus mais de uma vez?
Essa informação ainda é incerta pelas informações que os cientistas puderam colher. Houve um caso no Japão de uma mulher que foi testada como positivo por duas vezes, mas ainda não é certo dizer se ela teve reincidência do vírus ou outra cepa (versão) de coronavírus.
Se eu suspeitar que estou com coronavírus, há algum remédio que devo tomar?
A automedicação não é indicada. Assim como em casos leves de gripes e resfriados, alguns remédios, como analgésicos e antivirais, podem aliviar os sintomas, mas eles não são capazes de atingir diretamente o vírus. Se houver dúvidas sobre medicamentos e sintomas, disponibilizamos a Telemedicina Amil para que você use diretamente no seu celular ou tablet. Ainda não existe um remédio comprovadamente capaz de curar o COVID-19 e, por isso, a avaliação é feita caso a caso pelos profissionais.
Como se deve lidar com o uso de máscaras? Devemos todos usar?
A principal orientação é para todos ficarem em casa e respeitarem o isolamento social. Mas, em alguns casos, sabemos que isso não é possível. Seja para ir trabalhar em serviços essenciais ou resolver alguma urgência, o Ministério da Saúde recomenda o uso de máscaras de tecido ou descartáveis. Em algumas cidades, inclusive, esse acessório já é obrigatório em espaços públicos.